quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ordem de nascimento pode indicar se o relacionamento vai dar certo


Diversas pesquisas apontam que a personalidade do filho é influenciada pela ordem de nascimento. Mas parece que não para por aí. As dificuldades ou prazeres da relação a dois também seriam potencializadas com a ordem de nascimento das partes. Isso é o que afirma a psicóloga inglesa Linda Blair, autora de inúmeros livros sobre personalidade infantil e que, em sua mais recente publicação, avança até a vida adulta.
No livro Birth Order: What Your Position In The Family Really Tells You About Your Character (Ordem de Nascimento: O Que Sua Posição na Família Diz Sobre sua Personalidade) ela explica que a ordem de nascimento pode ser um bom indicativo para saber como a relação irá evoluir.
Saber se seu par é filho único, primogênito ou caçula ajuda a identificar certas características. No caso de ser filho do meio, há diferenças inclusive se é o segundo ou se já tinha mais de um irmão antes.
Segundo Linda, dois filhos únicos têm mais chances de "bater cabeças" enquanto os opostos se complementam, no caso do primogênito com o caçula, independentemente de quem ocupe a posição.
Para quem julgou a teoria muito simplista, a especialista afirma que os principais traços da personalidade são formados até por volta dos 6 ou 7 anos, quando seu lugar na família era de grande importância e que esse não deve ser tratado como fator determinante, mas ajuda a prever se a relação será conturbada ou mais tranquila.
Confira abaixo combinações citadas no livro:
Dois primogênitos
Segundo a teoria da autora, essa relação pode funcionar se ambos respeitarem as qualidades do outro e tentarem expressar seus desejos de dominação e liderança fora da relação. Nesse último caso, pelo menos uma das partes precisa extravasar essa vontade fora de casa. Caso contrário, as chances de conflito são grandes, pois primogênitos tendem a ter personalidades muito competitivas e querem estar no comando.
Primogênito e filho único
Uma combinação difícil pela disputa de poder, que enfrentará as mesmas dificuldades do relacionamento entre dois primogênitos. De acordo com a psicóloga, mesmo que o filho mais velho tenha tendência a querer cuidar do outro, a vontade de dominar será mais forte, o que pode gerar problemas.
Primogênito e filho do meio
Aprender a lidar com irmãos mais velhos e mais novos faz do filho do meio o melhor partido para relacionamentos com pessoas de qualquer posição na família. Portanto, a combinação é boa, segundo Linda Blair. Ela aponta que a necessidade de aprender a negociar e ceder em benefício do grupo torna os nascidos "no meio" pessoas fáceis com as quais conviver.
No entanto, a psicóloga alerta que uma personalidade muito maleável pode levar o parceiro a perder o respeito e a tirar vantagem da característica-chave dos filhos do meio. Linda aponta que é importante para o parceiro primogênito incentivar o outro a expressar seus sentimentos e opiniões, se perceber que eles estão sendo ignorados ou se é forte nela a tendência para dominar.
Primogênito e caçula
Segundo a psicóloga, trata-se de uma boa combinação, a melhor, na sua opinião, para os caçulas. Ambos podem desfrutar das características distintas dos parceiros. Os mais velhos tendem a ser mais organizados e a cuidar dos outros enquanto os caçulas geralmente são menos organizados e preferem ter alguém para cuidar deles. Além disso, a maneira mais leve de encarar a vida, traço dominante nos caçulas, pode ser benéfica para o mais velho.
Caçula e filhos do meio
Outra boa combinação, pois o filho do meio tende a lidar melhor a vontade do caçula de ser o centro das atenções. A personalidade maleável do filho do meio e sua habilidade em negociar são apontadas como benéficas nesse tipo de relação. Para ele, a única recomendação é a de avaliar periodicamente a relação e ser direto e claro sobre suas necessidades em relação ao par, para não ser subjugado pelo outro.
Dois filhos do meio
A relação tende a ser bem-sucedida. A única ressalva fica por conta de evitar ser muito condescendente com as opiniões do outro para que o casal possa tomar decisões sólidas e que beneficiem ambos os lados.
Filho do meio e filho único
Segundo Linda Blair, a combinação dá certo porque o filho único vai querer dar as regras e o do meio vai permitir de coração aberto. Até aí tudo bem. Ela alerta, no entanto, que essa relação pode vir a ofuscar as vontades, desejos e sonhos do filho do meio, que pode, com o passar do tempo, sentir-se desprezado, depressivo e infeliz sem saber ao certo os motivos. Discutir planos e projetos pessoais e do casal com frequência é a recomendação da especialista para casais do gênero.
Dois caçulas
Uma vida caótica é o que prevê a autora para um casal formado por dois filhos caçulas. Isso porque existirá dificuldade para planejar, organizar e executar as mais simples tarefas. Por outro lado, ela afirma que se trata da combinação que rende a parceria mais criativa de todas.
Caçula e filho único
Uma boa troca de habilidades entre os pares se destaca nessa relação. O caçula é responsável por inflar o senso de aventura e criatividade na relação, enquanto o filho único vai tomar conta do parceiro, que tende a ser desorganizado. Ele extravasa aí sua necessidade de dominação.
Dois filhos únicos
Trata-se da combinação mais difícil devido ao grande potencial de mal-entendidos. Isso porque ambos não precisaram, quando pequenos, aprender a negociar ou a identificar necessidades alheias. Ambos vão lutar pela liderança na relação, sem aceitar diretrizes do outro.

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