quarta-feira, 6 de abril de 2011

Esse tal “dar um tempo” no namoro existe?



Talvez você nunca tenha escutado a frase:  “amor vamos dar um tempo?”, ou talvez escutou apenas: “eu preciso de um tempo”, eu sempre tive um certo medo de um dia ter que ouvir essa frase conhecia o tal do “dar o tempo” por muitas vezes escutar as pessoas dizendo que isso não existia que era simplesmente um mito, então o tal tempo existe ou não?
Mas primeiro gostaria de tentar definir o que seria esse “dar um tempo”, melhor o que seria esse “um tempo”, talvez seja o período onde uma das partes precise parar para pensar e repensar sobre algumas situações, podendo ser elas do relacionamento ou não; mas também tem que diga que seja a falta de coragem de  terminar uma relação.
Mas eu gostaria de tentar entender como se constata que precisa de um tempo, você dorme e acorda e começa a pensar no porque de tudo que existe a sua volta, problemas desde com família até no trabalho ai a pessoa pensa: “vou pedir um tempo no namoro assim tudo se resolve”.

Como se esse tempo fosse solucionar todos os problemas, e o fato de você não conseguir solucionar eles é porque está namorando, mas deve haver outra explicação que eu espero chegar ao final desse post com ela.
Dizem que tudo se resolve no tempo certo… será mesmo?
Seria então um problema não externo e sim interno? É o namoro? Porque sabemos que no começo do namoro quase tudo é festa, a medida com que vamos, convivendo com a pessoa vamos descobrindo com meses ou talvez anos que além do sorriso lindo e do abraço aconchegante, que além das qualidades existem também algumas características que nos desagradam, e às vezes damos o nome a elas de defeitos, seria por esses defeitos então?
Será que ninguém leva em conta o que pensamos? Afinal eu sei que um relacionamento não é um mar de rosas, mas agora o simples fato da pessoa ter pedido um tempo já é um motivo para que eu me conversa que é necessário dar esse tempo, apos o seguinte dialogo:
Ele diz:
- Eu amo você, tudo que a gente tem passado junto é maravilhoso, mas preciso ficar sozinho.
Ela diz:
- Espera, então não é maravilhoso assim já que você quer ficar sozinho.
Ele diz:
- Sim, apenas sua presença já me trazia tanta paz.
Ela diz:
- Trazia?
Ele diz:
- Calma, eu só preciso de um tempo pra mim, estou confuso preciso pensar.
Ela diz:
- Mas não pode pensar com a gente juntos?
Ele diz:
- Se eu optasse por pensar, refletir ao seu lado isso só te magoaria, é serio preciso de um tempo para mim, o problema não é com você é comigo.
Ela pensa mas não diz:  O que será que ele realmente quer dizer? Será que entendi direito a mensagem dele? O que posso fazer para ajudar a esclarecer a situação? Esses motivos que ele me deu foi para que eu aceitasse o tempo ou para que eu visse que o tempo é desnecessário? Porque ele quer esse tempo então? Porque mesmo ele dizendo que minha presença traz paz eu sinto como se eu fosse a pior companhia do mundo?
Essa deveria ser exatamente a hora em que as pessoas deveriam querer que a pessoa que você se diz amar fique por perto, dizer que o problema não é conosco e sim com vocês não nos faz entender melhor essa situação, e não ameniza o sofrimento que tal atitude pode causar, mesmo isso sendo um namoro e não um casamento aquela frase clichê “Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nos problemas e adversidades..”, deve servir também para um namoro, afinal volto a dizer ninguém me disse que seria um mar de rosas, a gente ama  por completo com as qualidades e defeitos, ou pelo menos deveria ser assim na prática.
Então quando que esse tempo acaba? Existe esse tempo? Seria o tempo então que está intrometendo no relacionamento? Sempre tenho em mente que em um relacionamento é preciso compreender um ao outro, cuidar e ter cumplicidade para construir um relacionamento sincero, e principalmente maduro. A velha história do não basta apenas amar é preciso cultivar o amor. Mas o cultivo do amor tem por base a união, a velha boa intenção, a humildade necessária para pedir desculpas quando for preciso, a generosidade para perdoar o outro que está arrependido e, acima de tudo, a disposição para dialogar, e o “dar um tempo” é o fim do diálogo na minha opinião.

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